
"Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!"
Florbela Espanca
8 comentários:
Saudade
Lamuria batente
Se enxagua nas imagens guarda dadas …
Apertadas pelo soluçar da alma….
Lamurias
Abrigadas
Perfurando o tempo…
Transformando o chão.
De quem se arrasta …
E se acalma remendando o véu ….
Não adiante gritares dentro de agua…
adoro as flores poéticas de F.Espanca!!
obrigado pela partilha!
forte abraço
adoro as flores poéticas de F.Espanca!!
obrigado pela partilha!
forte abraço
Adoro!
Mesmo muito...
Já tinha saudades de reler este soneto :)
Obrigado pela partilha.
Beijos
Obrigada pela partilha! Um dos sonetos que gosto. Beijos.
Pois é verdade "não sabem nem sonham"...
Outro poema magnifico de Florbela Espanca... mas este não me lembro de ler lido...
Obrigada pela partilha
Jinhos
a dor da saudade do que nunca se teve doi mais do que perder algo que se viveu, na primeira é um vazio, a 2ª é uma ferida mas com memórias...
bjo
bom fim de semana
Florbela Espanca é um hino aos sentimentos mais puros...
Boa escolha!
Existe quem lhe chame piegas e destrutiva... eu sinto-a genuína...
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