sexta-feira, 28 de setembro de 2007


BOM DIA
Bom dia. Que o seja para todos. Hoje acordei com vontade de amar outra vez. Abraçar outra vez. Beijar outra vez. Falar outra vez. Sorrir outra vez. Sentir-me feliz outra vez.

Contigo.

terça-feira, 25 de setembro de 2007


Podia ser feliz.Serenar a alma. Ter-te comigo ainda que não só para mim. Procuro-te para não te perder.Assim que te encontro ou sinto perto de mim, recomeço o estranho caminho da autodestruição. Ou destruo-nos.
O caminho da fuga. Do egoísmo. Do disfarce.
Aqui deixo cair as barreiras.Logo ali as levanto e fortaleço. Numa contradição infindável de querer e de vontades.
Que faço. Sujeito-me? Sim porque a ti não consigo sujeitar.
-
PTM

domingo, 23 de setembro de 2007


NERUDA



LA NOCHE EN LA ISLA


Toda la noche he dormido contigo
junto al mar, en la isla.
Salvaje y dulce eras entre el placer y el sueño,
entre el fuego y el agua.
Tal vez muy tarde
nuestros sueños se unieron
en lo alto o en el fondo,
arriba como ramas que un mismo viento mueve,
abajo como rojas raíces que se tocan.
Tal vez tu sueño se separó del mío
y por el mar oscuro
me buscaba como antes
cuando aún no existías,
cuando sin divisarte
navegué por tu lado,
y tus ojos buscaban
lo que ahora
-pan, vino, amor y cólera-te doy a manos
llenas
porque tú eres la copa
que esperaba los dones de mi vida.
He dormido contigo
toda la noche mientras
la oscura tierra gira
con vivos y con muertos,
y al despertar de pronto
en medio de la sombra
mi brazo rodeaba tu cintura.
Ni la noche, ni el sueño
pudieron separarnos.
He dormido contigo
y al despertar tu boca
salida de tu sueño
me dio el sabor de tierra,
de agua marina, de algas,
del fondo de tu vida,
y recibí tu beso
mojado por la aurora
como si me llegara
del mar que nos rodea.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007


Como um gaiato estrebucho de raiva por estar só. Só sem ti. Só comigo. Só por ti. Como um gaiato estremeço de te sentir por perto. Estremeço de pensar que te posso ver e falar. Falta-me o ar na garganta, nos olhos, nas mãos. Fico tenso. Não sei onde pôr as mãos, os pés, onde me sentar, como me sentar.Mas sorrio, faço-me de forte.
Mas se fosse um rio diluía-me a teus pés.
Se fosse uma nuvem chovia copiosamente.
Se fosse o sol emanava luar.
Deixas-me fora de mim. Um medo enorme de ti, como um miúdo de 18 anos.
Tocas-me, eu penso que o meu coração vai parar.
Falas para mim, não te oiço, só o som cristalino desse riso e o brilho desse olhar me envolvem. Os teus lábios mexem-se mas eu só penso beijá-los a tua boca sorri, mas eu só a quero tocar.
Fica. Não. Vai. Abraça-me. Não. Vai. Beija-me. Beija-me, abraça-me aperta-me contra ti, fecha-me nos teus braços. Perdoa-me e ama-me.


PTM

sexta-feira, 14 de setembro de 2007




Sabes por vezes queria beijar-te.

Sei que consentirias.

Mas se nos tivéssemos dado um ao outro

ter-nos-íamos separado porque os beijos apagam o desejo quando consentidos.
Foi melhor sabermos quanto nos queríamos, sem ousarmos sequer tocar nossos corpos.
Hoje tenho pena.

Parto com essa ferida.
Tenho pena de não ter percorrido teu corpo como percorro os mapas,

com os dedos teria viajado em ti do pescoço às mão da boca ao sexo.
Tenho pena de nunca ter murmurado teu nome no escuro.
Acordado perto de ti.
As noites teriam sido de ouro e as mãos teriam guardado o sabor de teu corpo.

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al berto