sábado, 17 de novembro de 2007





Este Inferno de Amar



Este inferno de amar - como eu amo!

-Quem mo pôs n'alma... quem foi?

Esta cham que alenta e consome,

Que é a vida - e que a vida destrói

-Como é que se veio a atear,

Quando - ai quando se há de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,

A outra vida que dantes vivi

Era um sonh talvez... - foi um sonho

-Em que paz tão seran a dromi!

Oh! que doce era aquele sonhar...

Quem me veio, ai de mim!

despertar?

Só me lembra que um dia formoso

Eu passei... dava o Sol tanta luz!

E os meus olhos, que vagos giravam,

Em seus olhos ardentes os pus.

Que fez ela?

eu que fiz?

- Não no sei;

Mas nessa hora a viver comecei...

-

Almeida Garret

5 comentários:

Maria Inácio disse...

Olá pecador!!!!
Pois é deves de sofrer do mesmo mal que eu, nal de amor, que nos destroi, que nos deixa sem rumo, perdidos, sem destino, enfim sem respostas para nada.........
Sabes, quando realmente esse amor é verdadeiro, morre connosco e disso eu nao tenho a menor duvida.
Nao dizeste se participavas ou nao no desafio, está no penultimo post.



Um abraço para te dar forças para que possas encarar o teu futuro com mais coragem!!!

Cleopatra disse...

Bonito poema este do Almeida Garret.
Embora não seja das minhas preferências é uma escolha engraçada.... a combinação com a imagem, dado o contexto do Blog também não está nada mal.

Bia disse...

E assim é o Amor.
Uma doença... que nos faz sofrer, iludir, desiludir, enfim rir para depois chorar. e pior que tudo faz-nos viver sonhos que depois são u verdadeiro pesadelo...
Bela escolha a tua.
beijinho meu

Marias disse...

"Este inferno de amor-como eu amor!"

É...às vezes o amor pode ser um inferno, mas que belo é podermos arder nele...

Gostei da escolha :-)

Um abraço

Pecadormeconfesso disse...

Bia vou ao teu blog e não te encontro.