quarta-feira, 23 de agosto de 2006


Contei-lhe uma história parva e sem sentido.

Que a amava havia anos. Desde a adolescência ou por aí.Já nem me consigo lembrar.

Que tinha ficado preso ao olhar dela desde sempre. Que sempre pensara nela.

Não era parva. Não era ingénua.

Muitos anos a tentei seduzir. Afinal uma paixoneta, um flirt não fazia mal a ninguém.

Ela era gira, era inteligente. Era sedutora. Uma aposta não faz mal a ninguém.
Mas foi dificil. Passaram meses e eu não saía do almocinho do costume ...Ela cada vez mais gira, mais sedutora..
Eu cada vez mais empenhado na conquista...no Flirt
No engate.
ela nas horas curtas agradáveis de conversa inteligente e bem disposta..
Olhar doce e ternurento
Mulher séria..
Amiga...
Companhia irresistível..............
Eu D Juan aparvalhado e a ficar cada vez mais dependente...........
Ela longe...mas presente.
PTM
.....................

quarta-feira, 7 de junho de 2006


Passamos pelas coisas sem as ver, gastos, como animais envelhecidos:

se alguém chama por nós não respondemos,

se alguém nos pede amor não estremecemos,

como frutos de sombra sem sabor,

vamos caindo ao chão,

apodrecidos.

Passamos pelas coisas sem as ver,

gastos, como animais envelhecidos:

se alguém chama por nós não respondemos,

se alguém nos pede amor não estremecemos,

como frutos de sombra sem sabor,

vamos caindo ao chão,

apodrecidos.


Eugénio de Andrade