sexta-feira, 28 de agosto de 2009

deita-te comigo















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Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.



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Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

7 comentários:

Bruma disse...

:)
Apenas sorrio, apenas...

E... boa sorte amigo!

Jinhos

Anónimo disse...

simplesmente lindo.

bom domingo.

Cleopatra disse...

Eugénio de Andrade claro! Inconfundível :-)

Inezteves disse...

E ele é quem?
Esse Pecador é ele?
Parente dele?
Nem cita o nome dele...
Ah PECADOR que pecado!!!

Cleopatra disse...

Vá lá *Pecador, faltou o nome do Eugénio Só pode ser lapso! Aqui assinam sempre os textos! :-)))

Rabisco disse...

Muito bonito este poema!
=)

Parabéns
Abraço

Pecadormeconfesso disse...

É do Eugénio Claro!
Falaha minha.
Se fosse meu tinha lá:- PTM