segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008


Não preciso de perguntar o que
me dizem os teus olhos quando
os olho; nem te olho para que,
com os teus olhos, um só olhar

tudo me diga. O que me dizes
esconde-se no fundo que não vejo
quando me olhas, para que
tudo o que vejo me mostre

o fundo dos teus olhos. E
quando te peço que os feches, para
que um outro fundo se abra,

o que me dizes é o que
não sei se os teus olhos dizem,
quando o dizes nos teus olhos.

Nuno Júdice

6 comentários:

Maria disse...

Excelente poema de Nuno Júdice... como ele brinca com as palavras...
Obrigada.

Abraço

... disse...

Parabéns pela escolha, e muito obrigado por me ter achado, fui desfolhando as suas páginas (posts) e Gostei, gostei muito, do que escreve, do que escolhe, dos filmes, da fantástica imagem da JL e Ricard Gere naquele tango fenomenal do GProject. Seja sempre bem vindo

Urban Cat disse...

São fronteiras entre o bom e o melhor. Entre o orgulho e a satisfação. Entre o viver a vida ou simplesmente sobreviver.

Gostei do blog.
Volto!
*

Som do Silêncio disse...

É Pecador...
Boa escolha do texto!

Deixo-te um beijo

Cleopatra disse...

Não preciso de perguntar o que
me dizem os teus olhos quando
os olho

NARNIA disse...

E num olhar cabe todo um mundo...

Voltarei