sexta-feira, 25 de julho de 2008




Canção grata

Por tudo o que me deste
inquietação cuidado
um pouco de ternura
é certo mas tão pouco
Noites de insónia
Pelas ruas como louco
Obrigado, obrigado

Por aquela tão doce
e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão

Que bem que me faz agora
o mal que me fizeste
Mais forte e mais sereno
E livre e descuidado
Sem ironia amor obrigado
Obrigado por tudo o que me deste

Por aquela tão doce
e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão

Florbela Espanca

6 comentários:

Esmeralda disse...

Não uses estas palavras.
Como se pode agradecer tais coisas?

eu disse...

Somos pessoas completamente distintas. Aposto que as nossas vidas nunca se cruzaram, mas que quando aqui chego encontro o que sinto é verdade.
Já me levou a imaginar um cem número de coisas... ilusões talvez de que Tu fosses Tu, mas nã! Não pode ser.
Escondemo-nos atrás de nomes que não os nossos mas palavras que juramos verdades.
I feel the same....

DarkMorgana disse...

Não acredito no "sem ironia" e na gratidão!
A menos que o poema tivesse sido escrito muito tempo depois...

Esta história de ter que sentir, é complicada!

Beijos

Lady disse...

Ui!
A saudade... doi e por vezes tb mata!

Desculpa-me, mas esse obrigado sem ironia não existe, a não ser qd já não nada nos toca... existe um oposto, até aposto que sabes qual é!

Espero que estejas bem mesmo!

jinhos

Cleopatra disse...

Olá pecador. Hoje o desafio é meu. Aceitas? Está lá no Cleopatramoon.

Cleopatra disse...

Aran
Não consigo desafiar-te no teu blog e deixo aqui no do Pecador o desafio também para ti. Bjito.